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domingo, 13 de junho de 2010

SUBJETIVISMO e SUBJETIVIDADE – Subjetividade é tudo aquilo que seja pessoal, individual. Que pertença apenas a certo individuo; e que, por isso, torna-se uma característica do mesmo, inacessível e impossível de ser compartilhada com outrem. O vocábulo também pode significar “vida interior”, o “interior da pessoa” etc.

No campo da Filosofia são chamadas de subjetivas as “qualidades segundas”; isto é, o quente, o frio, as cores, o belo, o feio e tudo mais que depende do julgamento do individuo, pois tais qualidades NÃO estão nas “Coisas”, mas sim na maneira do individuo classificar o que percebe ou capta. São “afetações” do individuo; ou seja, são as maneiras de “afetar” o Sujeito. Tome-se o seguinte exemplo: nenhum Objeto “È” quente ou frio, mas quem o toca pode achar-lhe gelado ou em brasa. Tem a “impressão” de que o Objeto possui aquela temperatura que o “Afetou”. Claro que a “impressão e a afetação” variam de individuo para individuo e justamente por isso é que são subjetivas ou pessoais.

A partir do fato acima, Kant (1724/1804, Alemanha) chamou de “Subjetivos” o “Espaço e o Tempo”, pois ambos NÃO são propriedades dos Objetos, não estão nas “Coisas”. Tampouco são captados pelos Sentidos do “Sujeito Cognoscente (ou individuo que pode vir a conhecer)”, mas são noções que estão embutidas nesse Individuo desde o seu nascimento. São capacidades que estão inseridas em seu “arsenal” usado para adquirir Conhecimentos. Capacidade que leva o Sujeito a situar tudo que venha a conhecer, em certo Tempo e em determinado Espaço. Mal comparando, o Individuo seria uma espécie de “depósito” que possui diversas “prateleiras” onde são “guardadas” as informações, após terem sido organizadas. Quando a informação chega ao “depósito”, antes de tudo é “colocada” na prateleira do “Tempo e Espaço” e só depois é realocada em outros compartimentos. E como essas “prateleiras” são abstratas e diferentes para cada indivíduo, não podem ser consideradas Objetivas; logo, são Subjetivas. São chamadas por Kant de “Formas a Priori de Sensibilidade” e a elas juntam-se outras Subjetividades, para formar o Sistema Kantiano de Pensamento.

SUBJETIVISMO é, portanto, a tendência de enxergar e avaliar todas as Coisas, fatos, Seres etc. conforme os parâmetros de cada Sujeito, ou segundo o ponto de vista de cada Individuo.

Em Filosofia é o conjunto de idéias que atribui mais importância ao Individuo que estuda, que ao Objeto estudado. Essa definição, o leitor deve se lembrar, já foi colocada no capitulo relativo ao Kantismo, pois a Filosofia de Kant considera o Subjetivismo como o aspecto filosófico mais importante a ser estudado. O Subjetivismo é uma forma de Idealismo* que afirma ser “Real” apenas o Individuo que pensa e as idéias e representações daí derivadas. Consequentemente, os Fenômenos (Fenômeno é o corpo físico, material de uma Essência. Aquilo que pode ser percebido pelos Sentidos [tato, audição, olfato, paladar, visão] Humanos) são apenas ilusões, pois não possuem substância ou essência. Aliás, é justamente por faltar Substância ao “Objetivo” que a Mente não consegue alcançar qualquer “objetividade”, haja vista a sua inexistência.

Desse ângulo, o Subjetivismo aproxima-se bastante do Imaterialismo* de BERKELEY (1685/1753, Irlanda) e é o oposto do Substancialismo*, que será estudado no próximo capítulo

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