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terça-feira, 18 de maio de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 168

RADICALISMO – em termos coloquiais é toda idéia, concepção e/ou atitude que vise uma mudança total – e violenta se for necessário – sobre uma condição ou situação estabelecida. Tanto em nível pessoal, quanto sócio-político e/ou filosófico,

Geralmente as atitudes radicais são irracionais e causam mais danos que benefícios, o que as leva a serem má vistas por todos que enxergam na calma, na paz interior a “verdadeira felicidade”. Em decorrência dessa rejeição – explicita ou velada – é que quase a totalidade do Mundo tenta evitar toda espécie de Radicalismo. Vê-se, por exemplo, na China, através do Confucionismo, que o “TAO” ou “O Centro” é estimulado como verdadeira panacéia; e noutras paragens, o Hinduísmo*, o Epicurismo* e outras tendências Filosóficas e Religiosas do mesmo teor tratam do “bem-estar e da evolução espiritual” do Homem para evitar os rompimentos bruscos, ou radicais.

Em termos de Política, o Radicalismo é um adjetivo muito comum na boca de quem se refere ao seu adversário. Não importa se tal característica é verdadeira ou não, nem em qual lado do espectro político estão quem fala e aquele de quem se fala. O termo “Radicalismo” torna-se um anátema lançado em todas as direções e a ele são associados conceitos apocalípticos, os quais, diga-se, nem sempre tem o menor fundamento.

Em outro ponto do Campo da Política, vê-se que o “Radicalismo” é, de fato, a Doutrina que prega a ruptura total com o Sistema vigente e a transformação profunda na ordem sócio-econômica e na escala de valores daquele agrupamento de Seres Humanos. Porém, tais mudanças não são necessariamente maléficas, exceto para aqueles que se beneficiavam das injustas condições que as precederam. Por isso, em certas situações o recurso extremo torna-se válido, embora seja eivado de efeitos colaterais que nem sempre são vantajosos.

No campo da Filosofia, o chamado “Radicalismo Filosófico” foi um Movimento que ocorreu na Inglaterra do século XIX, o qual contou em suas fileiras com Pensadores de renome, dentre os quais, podem ser citados: BENTHAM (Jeremy, 1748/1832, Inglaterra), que além de liderar essa Escola Filosófica foi o criador do Utilitarismo*; RICARDO (David 1772/1823, renomado economista inglês) e o filósofo e economista STUART MILL (John, 1806/1873, Inglaterra). A proposta central do Movimento era fazer profunda reforma social e paralelamente adotar o Liberalismo* Econômico como política de Estado.

Porém, para registro, cumpre notar, que vários eruditos, muito zelosos pela absoluta concordância do “Nome com a Coisa”, negam a essa Tendência o direito de se autodenominar “Radical”, pois segundo os mesmos, sua proposta central visava mais uma “Reforma” da situação vigente, que a sua substituição total e plena por um Regime totalmente diferente.

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