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terça-feira, 2 de março de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 90

IMATERIALISMO – é o termo utilizado por BERKELEY (George, 1685/1753, Irlanda) para dar nome ao seu Sistema Filosófico que nega a existência de Coisas ou de SERES Materiais, físicos, concretos. Para ele, essas “Coisas e Seres” só passam a existir quando são sentidos, ou percebidos, ou notados por alguém.

O filósofo propôs esse Sistema quando tinha apenas vinte anos, o que dá a medida de sua Cultura e Inteligência. Apresentou-o em suas obras: “Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano”, de 1710; e, em forma de diálogos, em “Diálogos entre HYLAS e PHILONOUS”, de 1715.

Nesses e em outros trabalhos, o “Idealismo” do filósofo baseia-se no seu célebre enunciado: “Ser é ser Percebido”, o que equivale dizer que “só a Idéia é Real”. Nega, dessa forma, a existência da Matéria que, para ele, seria “espiritualizada (ou mal comparando: uma imagem de TV só se “materializa” quando o aparelho é ligado e alguém a percebe, ou a assiste)”. BERKELEY só não chega ao puro Solipsismo* (a teoria que afirma que só existe “o eu”) porque ele admitia a existência de Deus; como, aliás, não poderia deixar de ser, haja vista que ele era Bispo Católico.

Entendia o filósofo que as percepções (ou aquilo que o Homem capta pelos Sentidos) NÃO são o resultado da ação da matéria sobre a “Alma” do Homem. São, na verdade, o resultado da ação de outro “Espírito” sobre aquele Homem e esse “outro Espírito” é o próprio Deus, pois o Mundo é um sistema de perpétua relação entre Deus e os Espíritos Humanos. Há uma imanência (nesse contexto: uma presença) integral de Deus no espírito do Homem e a Natureza – e a ação das coisas que a formam – é apenas um relacionamento (externo, perceptível) entre a Divindade e o Ser Humano.

O Imaterialismo de BERKELEY é um Idealismo que beira o místico e de certa forma é um “Espiritualismo” na medida em que só os “Espíritos” são reais, verdadeiros. Ver Idealismo, neste dicionário.

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