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sábado, 30 de janeiro de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 60



E
VOLUCIONISMO – sob esse titulo abrigam-se diversas Doutrinas Religiosas, Cientificas e Filosóficas. As primeiras interessadas na evolução espiritual; a segunda na evolução das matérias e a Filosófica no conjunto geral. Em comum, todas utilizam a noção de transformação ou de mudança como base de seus ideários.
Também lhes é comum, a idéia do Relativismo; ou seja, não há nada “Absoluto” por si, pois se tudo se transforma, tal transformação ocorre em “Relação” ao que antes existia. Vejamos um exemplo bem simples:
No inicio dos Tempos alguns pássaros NÃO podiam voar, mas com o correr das Eras houve a Evolução de suas asas e voar tornou-se possível. Observa-se, então, que a Evolução foi uma alteração nas possibilidades daqueles SERES em dois momentos distintos. A Evolução foi Relativa à condição anterior.
No final desse tópico voltaremos a abordar o tema da Relatividade, mas sob o aspecto de sua validade.
Outro ponto que é quase que unânime entre as Visões que se utilizam da Evolução como método, é o fato de não lhes dar um limite conhecido. Tudo evolui, mas até quando? Até que ponto? SPENCER, por exemplo, afirma que o final é o “Absoluto Incognoscível”, ou, em outros termos: chegará ao ponto de não ser mais relativa, mas conhecer tal ponto está além da capacidade humana. Segundo outro filósofo, TEILHARD DE CHARDIN o final será um “Absoluto Místico”; ou, em algum ponto metafísico, sobrenatural, além da Consciência. Claro que existem outras versões, mas são de menor importância e quase sempre derivações das duas que mencionamos.
A Biologia, por sua vez, nem se propõe a achar um ponto final. Parte da noção de que todas as espécies derivam uma das outras por um processo de transformação natural e, assim sendo, não se pode estipular ou prever um fim das transformações; exceto, é claro, quando se considera o fim do nosso Universo físico, material.
No ramo da Filosofia há uma Corrente que prega ser a “Evolução” a “Lei Geral dos Seres”, a qual, grosso modo, ocorreria na seguinte escala:
  1. Matéria
  2. Vida
  3. Espírito
  4. Sociedade.
Ou seja, do agrupamento de moléculas faz-se a Vida do Individuo, o qual, em seu aprimoramento, adquire a dimensão Espiritual e passa ao Convívio da Sociedade (ou ao “Todo” ou “Absoluto”). Note-se, que é uma Idéia que não prima pela originalidade, pois só repete os passos que são comumente citados, desde o Hinduísmo até HEGEL, passando pelo DEVIR de Heráclito (sugerimos consultar os itens citados, nesse dicionário).
Por fim, voltaremos à questão da Relatividade do termo “Evolução”. Cabe a pergunta: o que é, realmente, a Evolução?
Em termos vulgares é a passagem de certa situação para outra melhor. Que seja mais favorável, principalmente, em termos materiais. Porém, sabe-se que paralelamente outros tipos de aborrecimentos surgem nessas ocasiões e, então, o Indivíduo volta a ter o anseio de novamente “Evoluir”, até que tudo se repita. Em termos mais sutis, como por exemplo, a “Evolução Espiritual”, “Moral”, “Intelectual” etc. seria diferente? Não! Porque, aqui também, efeitos colaterais que se antes eram desconhecidos, agora vicejam com vigor. Desses, podemos citar como exemplo, a “Solidão Intelectual”, o “Auto Isolamento Social”, o aumento não correspondido do Nível ético etc.
Vimos que melhoras são superficiais e nunca completas, pois não se pode relacionar automaticamente “Evolução” com “Felicidade” e que, se fosse, seria sempre de acordo com um critério subjetivo (ou seja, conforme o ponto de vista pessoal de cada um). Ora, a partir desse ponto, conclui-se que o termo em si não representa o que efetivamente ocorre e que melhor seria substituí-lo por “Mudanças”, “Alterações” e congêneres. Contudo, essa substituição não seria aceita por uma idiossincrasia humana: a esperança. Sempre se espera alguma “Evolução”. E tal acontece por ser um artifício que o “Instinto de Conservação” coloca no Indivíduo e que não lhe permite tomar consciência da falta de Sentido do ato de viver. Sabe-se, que tudo é mera ilusão. Mas se continua; e é isso que faz do Homem o “Ser Inautêntico”, que veremos adiante, no capitulo dedicado ao “Existencialismo”.

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