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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético - 15

AVERROÍSMO – é a doutrina do filósofo árabe IBN-ROSCH 1126/1198, que no Ocidente é conhecido como AVERRÓIS. Sua filosofia foi entendida e interpretada pelos filósofos medievais, adeptos da Escolástica (ou Patrística), e pelos pensadores do Renascimento associados ao “Aristotelismo”, como o Sistema que se baseava nos seguintes pontos:

A “Eternidade” e a “Necessidade” do Mundo. Ou seja, o Mundo ou o Universo NÃO teve inicio e NÃO terá fim. E esse mesmo Mundo ou Universo NÃO poderia inexistir. Paradoxalmente, os Religiosos Medievais e os Racionalistas Renascentistas (esses, com menor incoerência com suas crenças) aceitavam que o dogma da “Criação” – conforme relato bíblico – fosse desautorizado, ou contrariado.

A separação do Intelecto (ou a capacidade mental), na Alma Humana, entre Ativo e Passivo. Segundo os Escolásticos, AVERRÓIS teria suprimido da Alma do Homem seus atributos mais nobres e o dom da imortalidade. A Alma que “habita” o SER Humano seria apenas uma espécie de imagem (um desenho, um retrato) do verdadeiro Intelecto que é um atributo apenas de Deus. Aqui, não será errado avistar o eco da Teoria das Idéias, de PLATÃO, onde:
IDÉIA = Intelecto Ativo, Divino. Fonte e origem dos desígnios e dos resultantes fatos.
ALMA HUMANA = um Passivo “espaço ou lugar”, semelhante ao Verdadeiro Intelecto, que recebe os desígnios de Deus.

A tese da “DUPLA VERDADE”; ou seja, uma “Verdade da Razão (ou do Raciocínio objetivo)”, conforme a Lógica de ARISTÓTELES, e uma “Verdade da Fé”, baseada na Crença pura e simples, sem qualquer embasamento racional, lógico ou objetivo. Ambas podem diferir, mas sem que isso transforme uma ou a outra em falsa alternativa, em mentira.

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