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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 179

SIMBOLISMO, SIMBOLO e SIGNO – do Latim “SIGNUM”.

SIGNO – no sentido vulgar é frequentemente associado aos “Signos Zodiacais” cujos supostos vaticínios são interpretados conforme as regras da Astrologia. Essa interpretação popularizou-se de tal modo que é quase olvidado o fato de “signo” ser sinônimo de “sinal”; ou seja, um elemento (uma figura, um gesto, uma palavra) que representa outro objeto, outra situação, outra sensação etc.

Na Semiótica (1) discute-se acerca da existência de “Signos Naturais”, como, por exemplo, se manchas no corpo que Seriam Signos ou Sinais de sarampo. Ou, ao contrário, se todo Símbolo só existe porque houve um acordo (uma convenção) entre os Homens que estabeleceram que certa “Coisa” representaria “Outra Coisa”.

Adeptos dessa segunda hipótese afirmam que sim: os Signos são apenas frutos de convenções humanas. Para embasar sua crença afirmam que qualquer Sinal (ou Signo) - seja uma palavra, um gesto, uma figura etc. – exige certo processamento mental pré regulamentado para ser compreendido. Para que aquele Sinal represente efetivamente a “outra coisa”.

1 - Recorte – Semiótica: a Ciência que estuda os Sistemas de Sinais. Segundo o Lingüista FERDINANDI SAUSSURE (1857/1913, Suíça) é a Ciência que estuda a relação, a importância, a necessidade dos Símbolos na Vida Social. O Empirista LOCKE (1632/1704, Inglaterra) define a Semiótica como o Estudo do relacionamento que existe entre as Palavras, enquanto Símbolos, e as Idéias; e a relação dessas Idéias (enquanto símbolos) com as Coisas que simbolizam. Na atualidade CHARLES MORRIS (1946, EUA) propôs a formação de uma “Teoria Geral dos Signos” que seria dividida em:

a. Sintaxe – o estudo do relacionamento dos Símbolos entre si.
b. Semântica – o estudo da relação dos Símbolos com as Coisas que representam ou simbolizam.
c. Pragmática- o estudo dos Signos em sua utilização prática, concreta, física.

SIMBOLISMO e SÍMBOLO – do Latim tardio “SYMBOLUM” do grego “SYMBOLON”. Símbolo, como se viu, é o elemento (objeto, palavra, gesto etc.) que representa outra Coisa, seja por possuir algum tipo de semelhança com a mesma, seja por alguma outra característica que une de certa forma o Signo e a Coisa que simboliza. Ou, ainda, por ter havido um acordo, uma convenção entre os Homens de que “algo” significa outra “Coisa”. No farol de transito, por exemplo, o “Vermelho” não significa uma cor, mas simboliza a mensagem de “Pare”.

O que existe de comum entre essas variedades é o fato de que o relacionamento entre o Símbolo (ou Signo) com aquilo que é simbolizado será sempre exterior a ambos; mesmo no caso da “Semelhança”, pois a igualdade ou similaridade não implica, por si só, na capacidade automática de representar qualquer Coisa.

Na “Teoria Psicanalítica”, Simbolismo é o nome dado a certo conjunto de Símbolos, cujo significado é o mesmo independentemente do que foi produzido pelo Inconsciente. Tome-se o seguinte exemplo:

O “guarda-chuva” representa ou simboliza o Masculino. Já no caso de ser uma “Caverna”, o feminino. Alguns eruditos afirmam que tais simbolizações são oriundas das características genitais de cada um dos gêneros.

Nos dois casos essas significações são inalteráveis, não importando a forma em que aparecem nas manifestações mentais do Inconsciente.

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