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sábado, 24 de abril de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 135

NOMINALISMO – do Latim “NOMINALENS de NOMEM” = nome.

Corrente Filosófica que nasceu na Idade Média e que propunha interpretar as “Idéias Gerais” ou “Universais (1)” como isentas de qualquer existência real, tanto na Mente humana, quanto em forma de um ou mais elementos substanciais, reais. Seriam essas “Idéias Gerais” meros signos (ou símbolos) lingüísticos; isto é, nomes, palavras.

1 – Idéias Gerais ou Universais – os termos que designam uma espécie, uma classe de indivíduos ou de coisas sem entrar nas características individuais de cada um de seus componentes. Exemplos: “Homem”, “Animal”, “Pedra” etc.

O Nominalismo enfrentou vasta oposição durante toda História da Filosofia Medieval, Moderna e Contemporânea. Dentre outros, citaremos os mais importantes Filósofos que fizeram sua defesa:

1. ROSCELINO de COMPIÉGNE (século XI) é tido como o autor do célebre enunciado que proclamava serem os Universais meros “Flatus Vocis”, ou “sons vocais”, palavras, sem nenhuma realidade além dessa. ROSCELINO é considerado o fundador do Nominalismo.

2. Ao final da Idade Média, GUILERME de OCKAM (1300/1349, Inglaterra) foi outro ilustre Pensador que defendeu com ardor o Nominalismo.

3. Os Filósofos Empiristas da Inglaterra, sobretudo HOBBES (1588/1679, Inglaterra) que afirmava que os Universais designam apenas generalizações de características comuns aos objetos e Seres individuais, nada havendo de Realidade nessas generalizações.

4. O filósofo CONDILLAC (1715/1780, França) também defendeu a Doutrina afirmando que “uma Idéia Geral e abstrata em nosso espírito é apenas um nome”. Essa afirmativa repercutiu na Filosofia da Ciência de modo impactante, pois o filósofo considerava que a própria Ciência “era apenas uma linguagem bem feita”. Aliás, com isso antecipou uma tese do Neo-Positivismo*, afirmando que o Convencionalismo* nas teorias cientificas poderia ser considerado um Nominalismo; e esse “Nominalismo Cientifico”, adotado na segunda metade do século XIX, indica que a Ciência não descreve o Mundo com exatidão. Como ele realmente é. Apenas constrói uma teoria coerente sobre o mesmo, mas tal teoria é puramente convencional; ou seja, baseada em convenções ou acordos entre os Homens.

O Nominalismo foi uma das partes litigantes na célebre “Querela dos Universais”, que se constituiu de vários debates sobre a natureza das Idéias Gerais ou Universais. De um lado o Nominalistas afirmava que eram apenas nomes, palavras; do outro, afirmavam que não, que tinham substância e estavam atreladas ou vinculadas às Coisas que significam e, portanto, inseridas na Realidade. Ver Universalismo.

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