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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 49

EMPIRIOCRITICISMO – sistema filosófico criado por RICHARDS AVENARIUS (1843/1896, Alemanha) que o apresentou em sua obra “Critica da Experiência Pura”. Aqui, vale lembrar, a palavra “Critica” é sinônimo de “Estudo Minucioso”. AVENARIUS não se preocupava apenas em delimitar o alcance e a validade da Experiência Pura, ou seja, daquela que não teve interferência da Razão ou do Raciocínio. Em sua tese ele descartava todas as Teorias e suposições metafísicas; consequentemente considerava que apenas a Experiência (que estuda os fenômenos usando os Sentidos: tato, paladar, audição, visão, olfato) É válida para efeito de Conhecimento e de inserção no ambiente.
Algumas de suas teses foram aceitas por ERNST MACH, que dizia: “uma Teoria sobre o átomo pode ser útil cientificamente, mas não prova a existência dos átomos”; ou seja, ele nada poderia conhecer do átomo através da Teoria.
Contudo, foram severamente criticadas por LÊNIN, que em seu principal livro “Materialismo e Empiriocentrismo” censura alguns de seus conterrâneos, principalmente o filósofo BORGDANOV. Acusa-os de “reacionários”, “burgueses” e “fideístas”. O primeiro adjetivo em função de que, na medida em que se considera a História como pré determinada, está-se admitindo que nada pode ser mudado; ora, tal crença é um Conservadorismo explicito, logo, quem o tivesse um seria “reacionário”. Quanto ao “Fideísmo” o adjetivo, em tom pejorativo, vinha pelo fato de que a proposta do Empiriocriticismo previa que se aceitassem as “Verdades” apenas através do que os Sentidos captaram na Experiência, sem qualquer validação que pudesse ser oferecida pelo Raciocínio. Em relação ao adjetivo “Burguês” é uma soma das duas negatividades anteriores.

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