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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético - 45

ECLETISMO – do grego “EKLEKTIKÓS”, de “EKLEGEIN” = esconder.
Normalmente usa-se este vocábulo noutra concepção. Se na origem significava “escondido”, na linguagem coloquial é sinônimo de “múltiplas ações” e adjetiva o Indivíduo que executa vários e diferentes atos e/ou ofícios, e/ou funções.
Em termos de Filosofia é o nome do método que consiste em retirar doutros Sistemas alguns trechos, ou algumas afirmações, para anexá-los num novo sistema, o qual é formado pela anexação lógica ou organizada desses trechos. O Ecletismo, como Escola Filosófica tem em VICTOR COUSIN (1792/1867, França) seu principal representante. COUSIN está ligado a dois acontecimentos importantes em sua terra: após a “Restauração de 1815” era o mais eminente Pensador do Ensino no País e como tal, reintroduziu a Filosofia Cartesiana como a “Oficial” em todos os níveis de Escolaridade. O segundo acontecimento é a criação do próprio Ecletismo, essa espécie de “Espiritualismo Histórico” que consiste em recolher dos vários Sistemas Filosóficos as teses que ele julgava verdadeiras para colocá-las, sem se preocupar com a coerência ideológica, no novo Sistema de Pensamento.
Em sua obra “Primeiros Ensaios de Filosofia”, de 1840, COUSIN afirmou: o Ecletismo é um método histórico, supondo uma Filosofia avançada, capaz de discernir o que há de Verdadeiro e o que há de Falso nas diversas doutrinas, a fim de que após uma depuração, possa ser instaurada uma “Doutrina Melhor e Mais Ampla”.
Nota-se que nesse comportamento há um vestígio, embora na direção inversa, do Pensamento de DESCARTES; pois se este propusera a método de “Dividir o Todo” em partes, para melhor conhecimento do mesmo, COUSIN propõe o ajuntamento de diferentes partes para se montar a nova doutrina e com ela melhorar a compreensão da Totalidade.

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