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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 177

SILOGISMO – do grego “SYLLOGISMÓS”.

Sistema Filosófico criado por Aristóteles (384/322, Macedônia) cuja característica é ser um método de dedução cuja conclusão provém da análise de duas Premissas1. Ver recorte abaixo:

1 – Recorte – Premissas: em sentido geral, pode-se ver no termo “Premissas” um sinônimo de “Pressuposto, Suposição, Opinião, Argumento; das quais se parte para formular um Raciocínio, um Ponto de Vista, uma Tese. No Silogismo, as Premissas são classificadas em:

a. Premissa Maior – aquela que possui o Termo, a Suposição, mais extensa.

b. Premissa Menor – a que possui o Termo, a Suposição de menor tamanho.

Para Aristóteles o Silogismo é “um argumento em que, estabelecidas certas coisas, resulta necessariamente delas, por serem o que são, outra coisa distinta do anteriormente estabelecido”. Em outros termos: o Silogismo é uma tese baseada em certas premissas (ou suposições, ou pressupostos) que por serem como são, só podem apresentar um determinado tipo de resultado, o qual é diferente daquilo que antes havia sido considerado válido.

Aristóteles exemplifica sua definição de Silogismo da seguinte maneira: “todos os Homens são mortais, todos os gregos são Homens, logo, todos os gregos são mortais”. A conclusão é obtida mediante uma associação, ou combinação, entre os dados inseridos nas Premissas mais o estabelecimento de um elemento, ou de um dado, chamado de “Termo Médio”, o qual permite que se relacione os outros dados das Premissas. Desses processos é que resulta a nova Proposição (ou tese). No exemplo acima, o Termo Médio é o “Homem”, que permite a “costura” entre “gregos” e “mortais”.

O Silogismo, claro, é essencialmente Lógico e dessa situação é que resultam algumas normas ou regras, a saber:

1. Para que o Silogismo seja válido não é possível que suas Premissas sejam Verdadeiras e a sua conclusão seja Falsa.

Aristóteles classificou todos os tipos de Silogismos válidos em três “Esquemas ou Figuras do Silogismo”, conforme segue:

a. Na 1ª Figura – o Termo Médio é “sujeito” na Premissa Maior.

b. Na 2ª Figura – o Termo Médio é predicado (atributo, característica) nas duas premissas.

c. Na 3ª Figura – o Termo Médio é “sujeito” em ambas as premissas.

Outra “Figura de Silogismo”, a quarta, é creditada ao médico e filósofo romano Claudio Galeno (c. 130/200, Roma). Nela, o Termo Médio é um atributo (um predicado) na Premissa Maior e o “sujeito” na Premissa Menor.

Segundo Aristóteles os Silogismos podem ser classificados de acordo com as premissas que o formam.

d. Categórico – as premissas formam uma asserção (uma afirmativa ou uma negação), como se pode observar no exemplo acima.

e. Modal – de modo, maneira. As premissas são proposições (ou propostas) relacionadas às maneiras, aos modos.

f. Hipotético – as premissas possuem apenas hipóteses.

A teoria aristotélica do Silogismo sofreu modificações através dos próprios adeptos do Macedônio e nas Tendências Filosóficas que o aceitaram, para torná-lo concorde com suas outras Linhas de Pensamento. É o caso, por exemplo, da Escolástica (Corrente Filosófica que surgiu a partir da Patrística, a filosofia dos Padres da primitiva Igreja Católica. Seu principal objetivo era conciliar os dogmas da Fé com o Raciocínio ou Razão).

Durante o Período da “Modernidade (séculos XVII e XVIII)” o Silogismo perdeu, progressiva e significativamente, sua importância até que no século XIX foi totalmente substituído pela “Lógica Matemática” e pelas Doutrinas “dos Cálculos Proposicionais” e “dos Predicados Formulados”, criação do filósofo Frege (1848/1925, Alemanha). Ver Logicismo.

Um comentário:

  1. seja categórico cuja premissa menor seja "Alguns filósofos são matemáticos" como que fica?

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