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sábado, 8 de maio de 2010

Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 162

PRAGMATISMO – do grego “PRAGMA” = ação, de “PRATTEIN” = agir.


PRAGMÁTICA – o estudo da Linguagem segundo a ótica filosófica. Por tradição e convenção, essa análise da Linguagem divide-se em:

1. Sintaxe

2. Semântica

3. Pragmática

Não falaremos sobre as duas primeiras alternativas por fugirem ao escopo desse item. Em relação à Pragmática, observa-se que a mesma considera os símbolos (ou signos) conforme o ponto de vista do usuário, em certo contexto. Por extensão, considera-se a Pragmática como uma Corrente Filosófica que estuda a Linguagem sob a ótica de seu uso concreto, no cotidiano das pessoas. E os efeitos da mesma em relação à Comunicação.

O termo “Pragmática”, conforme a interpretação acima, é usado por CHARLES MORRIS, pensador norte-americano, para desenvolver sua tese sobre os Signos (ou Símbolos), inspirada no Pensamento do filósofo PEIRCE (1839/1914, EUA), tido como o criador do Pragmatismo, enquanto método para dar aos Conceitos um significado atrelado ao uso prático, concreto que se faz do mesmo.

PRAGMATISMO – Tendência filosófica que é defendida, entre outros, por CHARLES SANDERS PEIRCE, acima citado, WILLIAM JAMES (1841/1910, EUA) e JOHN DEWEY (1859/1952, EUA). O fato dos três Pensadores serem estado-unidenses não é mera coincidência, pois é em sua Pátria que vive a maioria do adeptos declarados dessa Corrente de Pensamento, tornando-a inteiramente compatível com o modo de vida daquele povo.

Na realidade, a filosofia que defendem, para muitos eruditos, é apenas uma “Teoria” dos fatos concretos que ocorrem no dia a dia daquela população. Ademais, dizem os críticos, não deveria nem ser considerada como Tendência Filosófica, mas apenas como um conjunto de teses que tenta justificar a mediocridade intelectual daqueles que só conseguem vislumbrar o material, concreto, físico, prático.

E de fato, o Pragmatismo defende com vigor o Empirismo*, tendo-o como a única fonte de “Conhecimento”; isto é, o Homem só consegue adquirir o “Saber” que lhe chega através dos Sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato).

No campo da “Moral”, defende o Utilitarismo*, que em linhas gerais propõe que o critério de Certo ou Errado está diretamente ligado ao critério de Útil ou Inútil; ou seja, Certo é tudo que for Útil (sic).

No terreno da “Verdade”, os Pragmáticos afirmam que o critério para se definir se algo é Verdadeiro, ou não, deve ser buscado nas conseqüências que resultarem de uma Idéia colocada em prática. Se tal ação for eficiente, bem sucedida, a Idéia correspondente é declarada “Verdadeira” e, dependendo dos resultados obtidos através da mesma, também será declarada “Válida”, ou não.

Pelas preferências acima citadas, é natural que o Pragmatismo valorize a Prática e rejeite tudo que for Teoria, alegando que o Homem deve dar mais importância às conseqüências de uma ação, que aos princípios e motivos que a levaram a ser executada.

Viu-se, anteriormente, que a Pragmática e o Pragmatismo são avaliados negativamente por focalizarem apenas a matéria, a prática, a física. E realmente, nessas tendências, qualquer idéia transcendente ou idealista é sumariamente rechaçada, pois se considera que a vida se resume em satisfazer os instintos básicos: sobreviver, comer, procriar.

Funções que são mascaradas com certo ar de requinte, mas que no fundo são apenas satisfações grosseiras. O fato é que a maioria esconde-se atrás do falso requinte para não levar a pecha de rasos, bisonhos; mas adotam plenamente esse modelo de vida.

Apenas poucos indivíduos têm o paladar mais exigente e procuram valores que estão além da satisfação da “ralé dos Sentidos (como disse Platão)” e os tais gozam desses prazeres mais elevados e sofrem dessas angústias mais profundas em semi guetos, à margem da maioria da população.

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