ORFISMO – antiga tradição filosófica e religiosa que do Hinduísmo chegou à Grécia no século VII a.C.
No Ocidente, a idéia original Hinduísta foi atrelada ao mito de Orfeu, célebre músico e poeta que chegava a amansar as feras apenas com o encanto de sua arte e que chegou ao Hades, ainda em vida, para resgatar a ninfa Eurídice, sua bela esposa que morrera logo após o casamento devido a picada de uma serpente venenosa.
A seita dos “Iniciados nos Mistérios de Elêusis” foi a principal representante do Orfismo, difundindo seus ensinamentos que versavam sobre a “Criação do Mundo1”, a Reencarnação e a natureza (o que é) das Almas.
O Orfismo foi muito bem acolhido e teve tal importância que chegou a influenciar os Pensamentos de filósofos como Pitágoras (século VI a.C. - Samos) e Platão (c.427/348-347, Atenas).
Atualmente ainda exerce alguma influência sobre determinadas seitas e/ou grupos religiosos, dos quais o exemplo mais característico é o chamado “Espiritismo Kardecista” que ecoa os preceitos dessa Corrente, dos quais se destacam a crença na Reencarnação, a impureza do corpo físico (o qual os antigos órficos consideravam como o túmulo do espírito) e a morte como uma libertação.
Se o Orfismo não prima pela originalidade, teve o mérito de trazer do Oriente – especificamente da Índia – esse tipo de Cultura que representou de certa maneira a primeira sistematização de certo Idealismo, não medida em que desvinculou a Existência da vida física.
1 – os órficos acreditavam que no Inicio dos Tempos existira um Ovo, do qual saiu Eros, o Amor, o principio de todas as gerações que se sucedem. Graças a ele foram criados os outros deuses e o próprio Universo.
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